Estafe de Gabriel defende que ele acione Al-Hilal na Fifa
A Elenko Sports, responsável pela carreira do volante Gabriel, do Corinthians, planeja que seu cliente acione na Fifa o Al-Hilal, conforme apurou o blog. O clube da Arábia Saudita desistiu de contratar o jogador depois que ele já havia embarcado para formalizar a operação. Os árabes preferiram fechar com o Flamengo a compra de Cuéllar.
Os representantes do atleta sustentam que ele recebeu por escrito uma proposta de contrato, gostou e deu seu aceite. A avaliação é de que isso basta para cobrar na Fifa uma indenização.
O blog ouviu dois especialistas em direito esportivo que confirmaram ser possível a medida. Um deles, que prefere não ser identificado, vê boas chances de Gabriel ter sucesso numa eventual ação. Já o advogado Eduardo Carlezzo considera o caso complexo.
Um dos caminhos, segundo os especialistas, seria tentar convencer a Fifa de que a proposta, complementada com a aceitação do jogador, tem status de contrato de trabalho. Nesse caso, os árabes teriam descumprido o contrato. O entendimento é de que o atleta poderia tentar receber a diferença entre seu salário no Corinthians e o que ele receberia no Al-Hilal.
Porém, os dois advogados consideram remotas as chances de essa estratégia vingar. "Essa proposta tem que ser muito robusta, com muita informação para tentarem equipará-la ao contrato de trabalho. Esse tipo de situação não tem tratamento no regulamento de transferências da Fifa. Então, depende de cada caso, do que conseguirem juntar de informação", afirmou Carlezzo.
O outro advogado ouvido indicou ainda uma estratégia que teria mais chance de sucesso em sua opinião. Alegar a responsabilidade pré-contratual por parte dos árabes por não cumprirem a proposta aceita pelo jogador. A pedida seria por uma indenização para compensar a expectativa frustrada de aumento de ganhos salariais. Se vencesse, ele receberia uma indenização muito inferior ao aumento prometido. Porém, na opinião do especialista, suas chances de triunfar seriam boas.
Indignado, o experiente estafe de Gabriel alega nunca ter vivido situação semelhante. Mas, segundo Carlezzo, o caso não é tão incomum. Ele afirma defender dois jogadores que passaram pela mesma decepção envolvendo times árabes. Um dos episódios é recente e a estratégia ainda está sendo preparada. "São casos sensíveis. A Fifa só prevê indenização para o jogador quando há quebra de contrato sem justa causa, por isso essa complexidade", declarou.
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