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Por que brigas como a entre CBF e Fla por joia da base devem continuar?

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08/09/2019 11h10

Com Danilo Lavieri, do UOL, em São Paulo

Pouco antes de o Flamengo conseguir no STJD a liberação de Reinier para jogar (e arrebentar) contra o Avaí, Branco, coordenador das categorias de base da CBF, e André Jardine, técnico da seleção sub-20, afirmaram que a entidade continuará sendo firme para negar pedidos de clubes para liberar de convocações seus jovens talentos.

As declarações foram dadas durante palestra na "Brasil Expo Futebol", mesmo evento em São Paulo no qual sessão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva deu aval para o rubro-negro escalar sua revelação, que não atendeu à convocação do time nacional sub-17.

"Sempre fazemos questão de convocar os jogadores que consideramos os melhores no momento. Quem não se apresentar, não é um problema meu, é jurídico", declarou Branco. O coordenador sustenta que recentes vexames dados pelas seleções de base do Brasil aconteceram porque alguns dos melhores jogadores não puderam ser convocados.

Jardine completa o raciocínio afirmando que a ideia é que nos Mundiais de 2026 e 2030 a maioria dos convocados tenha construído carreira nas seleções de jovens. Ele atribui o fracasso de alguns atletas que se destacaram em clubes mas não na equipe pentacampeã mundial ao fato de terem pouca rodagem com a camisa amarela. Essa experiência, segundo ele, deveria ter sido adquirida na base.

"O jogador pensa em si, o clube pensa em si. Está na hora de todos pensarem no melhor para o futebol brasileiro", disse Jardine em sua apresentação. Após o evento, o blog perguntou ao técnico se há um estudo sobre como acomodar interesses de jogadores, clubes e seleções de base. "Quebramos a cabeça pensando nisso. É muito difícil, o calendário está muito cheio, são muitas competições". Indagado se o caminho seria o diálogo, ele respondeu: "diálogo e bom senso".

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.