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Análise: dura, Caixa impõe nova ordem em relação com Corinthians

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06/10/2019 13h06

Com o processo de execução que move contra a Arena Itaquera S/A, empresa ligada a Corinthians e Odebrecht, a Caixa Econômica impõe à diretoria alvinegra um novo ritmo na relação entre ambos. A mensagem é dura e direta. O clube não tem o poder de realizar exigências que não estejam no contrato. E o banco não se considera obrigado a fazer concessões para adequar o pagamento conforme os interesses do alvinegro.

Ao ir à Justiça, a nova diretoria da Caixa marcou posição. Não que na opinião deste blogueiro o clube do ex-deputado petista Andrés Sanchez tivesse privilégios. Mas o novo comando do banco decidiu mostrar uma postura dura: o contrato tem que ser cumprido, ainda que uma batalha judicial precise ser travada.

As atitudes jurídicas da instituição financeira sufocam o discurso empoderado de Andrés Sanchez, que recentemente disse que vai ter acordo, mas do jeito que o Corinthians quer. A Caixa deixou claro que aceita negociar, porém usando sua força de credora.

O que se vê atualmente é um jogo de xadrez e diplomacia nas tratativas por uma conciliação, mas paralelamente acontece a disputa na Justiça. Na opinião deste blogueiro, este cenário indica que será muito mais difícil para o Corinthians impor sua vontade do que seu presidente tenta fazer parecer.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.