Crítica de Daniel Alves à política do SPFC gera nova pressão sobre Leco
Nos últimos dias, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, tem se reunido com conselheiros do São Paulo para falar, principalmente, dos planos do clube para 2020. Nos encontros o presidente tricolor voltou a ouvir pedidos de reestruturação nos métodos de trabalho no CT da Barra Funda, um antigo desejo de opositores. Dessa vez, porém, uma entrevista dada por Daniel Alves se queixando da política são-paulina agregou ao cardápio solicitações de alteração no departamento de comunicação responsável pelo futebol do clube.
Diferentes grupos políticos pediram alterações no setor, mas não necessariamente trocas de profissionais. Leco ouviu que jogadores estariam sendo influenciados por funcionários em relação a como devem se comportar em entrevistas que abordam a política interna principalmente com o intuito de defender quem trabalha no CT.
Nenhuma prova de que tal influência ocorre foi apresentada. Entrevista dada por Daniel Alves, após a vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, no final de novembro, é citada pelos queixosos. "A sensação que tenho é que aqui no São Paulo existem vários partidos. Isso é um problema, porque não gera estabilidade. Não é todo mundo que quer a mesma coisa. Nós queremos uma coisa, mas o entorno do São Paulo é muito pessimista, quem está fora quer entrar e às vezes joga um pouco sujo", disse o jogador na ocasião.
Na mesma oportunidade, o lateral e meio-campista defendeu o diretor executivo de futebol são-paulino. "A gente não cogita esse tipo coisa [saída de Raí] pelo simples fato que a gente quer estabilidade dentro do clube", declarou o atleta ao ser perguntado a respeito da pressão sobre o dirigente remunerado. Naquele momento a cobrança de conselheiros pela queda de Raí era intensa.
Os grupos que levantaram a possibilidade de Daniel Alves ter sido sugestionado pelo departamento de comunicação afirmam que o jogador está há pouco tempo no Morumbi e não teria elementos para analisar a política interna.
Nesse contexto, os conselheiros afirmam que os responsáveis pela comunicação no time de futebol precisam se preocupar em defender mais a instituição e menos os funcionários. Uma das sugestões é deslocar parte da equipe para o Morumbi, afastando alguns dos profissionais de colegas de CT.
Procurada, a direção de comunicação disse que devido ao envolvimento no "caso Jean" não seria possível ouvir Leco sobre a opinião do presidente em relação às reclamações e se ele pretende tomar alguma atitude. O departamento de comunicação também não se pronunciou sobre as queixas dos conselheiros.
Internamente, no entanto, quem defende os responsáveis pela área afirma ser impossível um funcionário do clube influenciar um jogador com a patente de Daniel Alves. Vale lembrar que Dani historicamente adota posicionamentos firmes em público. Também existe o sentimento de que há membros do Conselho Deliberativo interessados na troca de pessoal na comunicação para fazer suas próprias indicações. O assessor de imprensa de Daniel Alves não foi procurado porque não fala com o blog.
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