Empregos para trio do 'clã' de Zé Dirceu fazem Corinthians debater sobre PT
A revelação feita pelo blog nesta sexta (21) de que o ex-ministro José Dirceu tem três filhas (uma biológica e duas "de coração") trabalhando no Corinthians fez conselheiros do clube voltarem a discutir a relação da agremiação com o PT.
Chegou até a haver discussão acalorada sobre o tema. Parte significativa da oposição entende que, independentemente da competência das filhas do petista, condenado na Lava Jato e no Mensalão, suas presenças associam o alvinegro ao partido. Eles entendem que, por conta das acusações de prática de corrupção contra integrantes da legenda, esse tipo de situação prejudica a imagem do clube.
Um dos argumentos é de que as contratações podem gerar suspeitas de que elas têm motivações políticas e pessoais em relação a Andrés Sanchez. O cartola não fala com o blog, por isso não foi possível ouvi-lo sobre o assunto.
O presidente alvinegro foi deputado federal pelo PT e é amigo de Zé Dirceu e de Lula, também condenado na Lava Jato.
A tropa de Andrés defende o líder afirmando que as contratações não têm a ver com a relação do cartola com Zé Dirceu ou com o PT.
Por outro lado, pelo menos um ex-dirigente alvinegro e que hoje se diz opositor aproveitou o episódio para defender Lula nos bastidores. O discurso é de que o ex-presidente da República foi importante para o Corinthians e para o país merecendo respeito no Parque São Jorge.
Lula ajudou a convencer a Odebrecht a aceitar construir a Arena Corinthians.
O ex-presidente era conselheiro alvinegro, mas renunciou ao posto após ficar ameaçado de afastamento por estourar o limite de ausências nas reuniões do órgão.
As acusações contra Lula na Lava Jato geraram uma série de reações contra homenagens a ele no clube. Houve pressão para a retirada de um quadro com a fotografia do petista da sala da presidência corintiana e de caricaturas nas dependências do Parque São Jorge.
Já era de conhecimento público que Joana Saragoça, filha biológica de Zé Dirceu, atua na área financeira da Arena Corinthians. Porém, o blog revelou que Catarina e Carolina Ramos, tratadas pelo ex-ministro como filhas, também trabalham para o clube.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Corinthians alega que elas trabalhavam para a Omni, empresa que era a única responsável pelo programa de sócio-torcedor da agremiação. E que quando a IBM assumiu a maior parte das operações elas passaram a integrar o quadro de funcionários do clube juntamente com uma série de colegas.
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