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Quatro motivos para Galo festejar vinda de Sampaoli. E 4 para se preocupar

Perrone

02/03/2020 09h46

O Atlético-MG deve comemorar a contratação de Jorge Sampaoli por ter trazido um técnico…

… competente. Se havia dúvidas em relação à sua fase atual, o vice-campeonato brasileiro com o Santos reforçou sua imagem de bom treinador.

… com experiência internacional e agora já adaptado ao futebol brasileiro.

… que obriga seus times a buscarem a vitória sempre. Seja dentro ou fora de casa.

… que prioriza o futebol ofensivo, sem desproteger a defesa. O equilíbrio entre esses dois setores foi uma marca do Santos de Sampaoli. Os santistas terminaram o Brasileirão do ano passado com o quarto maior número de gols marcados: 60. Ao mesmo tempo, a defesa do time paulista foi a quarta menos vazada, sofrendo 33 gols. Segundo o site Footstats, o Santos teve a segunda melhor média de finalizações certas  do último Brasileirão: 6,1 por jogo. O time de Sampaoli ainda registrou a segunda melhor média de desarmes certos por partida, empatado com o  Internacional: 17,1.

Porém, o Galo também tem motivos para se preocupar porque Sampaoli é um técnico que…

… exige reforços para fazer com que seus times tenham elencos em condições de disputar títulos. É preciso fazer investimentos altos em contratações para agradá-lo. O argentino não é do tipo de treinador que se vira com o que tem. E ele cobra os dirigentes em público, se for preciso, por eventuais promessas de contratações não cumpridas. Isso aconteceu várias vezes no Santos.

… Acerta, mas também erra ao indicar jogadores. Na Vila Belmiro, o principal acerto foi a indicação de Soteldo. No entanto, fez uma aposta de risco em Cueva, que rapidamente se transformou em fracasso.

… tem temperamento difícil. Os relatos no Santos são de convivência conflituosa com funcionários que cometiam algo que o desagradasse profissionalmente.

… quer o controle de quase tudo no departamento de futebol. Gosta de ter carta branca em todos os setores. Para a parceria com o técnico dar certo, a diretoria terá que aceitar esse estilo centralizador.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.