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Ministério prevê ter dados preliminares sobre cloroquina em duas semanas

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07/04/2020 08h09

ESPECIAL COVID-19

Em boletim divulgado nesta segunda (6), o Ministério da Saúde calcula que em duas semanas terá  informações preliminares mais precisas sobre a eficiência do uso da cloroquina no tratamento da Covid-19.

"No momento, não há vacina para proteger contra COVID-19 e nem medicamentos aprovados para tratamento. Medicamentos como a cloroquina associada à azitromicina apresentam importante potencial. No entanto, são necessárias mais duas semanas para recebimento de resultados preliminares de segurança e eficácia do uso deste protocolo para uso ampliado. No entanto, o uso compassivo está sendo adotado amplamente por critério clínico", afirma trecho do documento.

A explicação foi dada para justificar a importância do distanciamento social no combate ao avanço do novo coronavírus.

A cloroquina é eficiente no tratamento de malária. Já a azitromicina é usada para combater doenças respiratórias.

O presidente Jair Bolsonaro tem citado com entusiasmo a cloroquina como possível arma contra o novo coronavírus.

Também nesta segunda, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que foi levado a uma sala no Palácio do Planalto para ouvir pedidos de dois médicos para que endossasse um protocolo sobre o uso da cloroquina. Ele afirmou que não assinou e recomendou que os interessados procurassem a Secretaria de Ciência e Tecnologia da pasta, além de debaterem o tema com entidades da classe médica.

Segundo Mandetta, a tentativa ocorreu depois de reunião do presidente com seus ministros. Antes do encontro havia dúvidas sobre a permanência de Mandetta na pasta por causa dos ataques de Bolsonaro a ele.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

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