Antecipar feriado para combater vírus é como adotar torcida única em jogos
ESPECIAL NOVO CORONVÍRUS
A antecipação de feriados em São Paulo Paulo como tentativa de combate à transmissão do novo coronavírus tem lógica semelhante à adoção da torcida única em clássicos do futebol paulista e em outros locais.
As duas medidas atestam a incompetência do estado para resolver determinados problemas. Diante dessa ineficiência, são tomadas decisões esdrúxulas e paliativas. O foco principal não é atacado com eficácia.
No caso da antecipação dos feriados, é óbvio que o melhor e mais amargo remédio seria a decretação do lockdown. Mas, por algum motivo, prefeitura e governo estadual ainda não levaram a ideia adiante. Parecem adiar o inevitável enquanto o número de mortes por covid-19 avança no estado.
É impossível não comparar com o veto a duas torcidas nos clássicos. A alternativa alivia o problema, mas não significa um passo importante para o controle da situação. Esse avanço só viria com penas mais duras para os brigões, serviço de inteligência melhor equipado para monitorar os encrenqueiros e um pacote de ações envolvendo várias esferas, estados e união. Ou seja, dá menos trabalho e requer menos investimento adotar a torcida única.
Enfrentar os criminosos disfarçados de torcedores exige coragem, também necessária para um político apontar o lockdown como estratégia para tentar conter o avanço do vírus. Afinal, quem quer assinar uma medida impopular e comprar briga com diferentes setores da sociedade?
É triste imaginar isso, mas a dificuldade de alguns prefeitos e governadores em optarem por medidas mais duras de isolamento dá margem para imaginarmos que tem gente preocupada em salvar votos, não apenas vidas.
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