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Comorbidades neurológicas são as mais presentes em crianças com Covid-19

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30/05/2020 04h00

ESPECIAL COVID-19

Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta sexta (29) aponta comorbidades neurológicas como fator de risco mais presente em crianças de 0 a 12 anos incompletos diagnosticadas com Covid-19. Os dados foram coletados entre 16 de fevereiro e 23 de maio. Estão no levantamento 662 casos. Em 17,8% deles foram constatados problemas neurológicos. O relatório, porém, não detalha quais.

Das crianças doentes, 270 registraram algum fator de risco, sendo que 48 apresentavam comorbidades neurológicas. Na mesma faixa etária, em segundo lugar como fatores de risco mais encontrados aparecem imunodepressão e asma com 14,4% cada. Em seguida vem cardiopatia, com 10%.

A doença evoluiu em 402 crianças. Foram 62 óbitos (15,4%) registrados em pacientes entre 0 e 12 anos incompletos. O número de recuperados atingiu 340 (84,6%).

O relatório também traz dados sobre adolescentes entre 12 anos completos e 18 anos com Covid-19. Foram 254 infectados. Nessa faixa etária o fator de risco mais presente é a asma, que apareceu em 21,5% dos casos. Em segundo lugar estão as comorbidades neurológicas, registradas em 20% dos casos. Em 146 dos adolescentes a doença se desenvolveu. Foram 109 curados (74,7%) e 37 mortes (25,3%). Entre os adolescentes, 32,5% apresentavam algum fator de risco.

O boletim ainda mostra que entre os pacientes com idades até 18 anos, 43,7% apresentavam alguma comorbidade. Destes, 67,5% tinham até 12 anos incompletos, de acordo com o estudo do Ministério da Saúde. Os estados que tiveram maior número de casos registrados até 18 anos no período foram: São Paulo (40,7%), Rio de Janeiro (11,5%) e Pernambuco (10,8%). O documento destaca que não há dados relativos ao Acre e que o Amapá não registrou casos em crianças e adolescentes.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

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