Oposição do Palmeiras cobra transparência e explicação sobre gastos
Um grupo de 36 conselheiros do Palmeiras protocolou no Conselho Deliberativo, na última segunda (18), documento cobrando transparência da diretoria nas contas do clube. Eles também questionam gastos feitos pela gestão de Maurício Galiotte os últimos anos. A maioria dos signatários íntegra a oposição.
O requerimento pede que Seraphim Del Grande, presidente do conselho, cobre a diretoria para que os balancetes financeiros voltem a ser publicados no site do clube, como ocorria até março de 2019. Também é solicitada a criação do "espaço contas abertas" na página alviverde.
A troca da empresa que audita as contas do clube por uma maior, a criação de normas que facilitem os questionamentos de conselheiros para a diretoria e o fortalecimento dos mecanismos internos de controle também estão entre as solicitações.
"O Palmeiras sempre foi um clube de vanguarda, mas tem retrocedido em
termos de transparência, seja no que diz respeito às nossas finanças ou aos nossos
processos de governança. Estamos bem atrás de outros clubes brasileiros, que já
disponibilizam todo conteúdo para seus torcedores, investidores, parceiros e
sociedade, de forma ampla e didática", diz trecho do documento.
Os conselheiros querem novos mecanismos de controle que tentem impedir despesas superiores às previstas, como aconteceu em 2019.
"O total das despesas aprovado para o exercício (de 2019) foi de R$ 547 milhões, mas o clube gastou efetivamente R$ 663 milhões, o que representa uma variação
de mais de 21%. Quais os mecanismos de controle orçamentário que o Conselho Deliberativo pode propor para a diretoria executiva?", indagam os conselheiros no requerimento.
Eles também atacam a diferença entre a previsão superavitária para 2019 e o resultado obtido.
"O superávit previsto no mesmo orçamento era de R$ 15,3 milhões, mas ficou em apenas R$ 1,7 milhão. Ressalte-se que o orçamento apresentado foi classificado pela diretoria executiva como "conservador" e não incluía os direitos de transmissão com a Rede Globo. Ou seja, sem os R$ 55 milhões a mais recebidos nesta linha de receitas (que, aparentemente, não trazem novas despesas consigo), entende-se que a SEP teria encerrado o ano com prejuízo. Quais foram as rubricas responsáveis por essa diferença tão grande?", escreveram os conselheiros.
Eles atacam o crescimento dos gastos do Palmeiras nós últimos anos.
Para ilustrar seus questionamentos sobre os gastos da agremiação, os conselheiros adicionaram gráficos ao documento. Segundo um deles, o superávit do clube caiu de R$ 90 milhões em 2016 para R$ 1,7 milhão em 2019.
Em outro gráfico, usando a Pluri Consultoria como fonte, os conselheiros apontam que a dívida líquida do Palmerias teria subido de R$ 395 milhões em 2016, com Paulo Nobre na presidência, para R$ 501 milhões no ano passado.
Os signatários afirmam que os efeitos da pandemia de Covid-19 aumentam a necessidade de um controle melhor das finanças. Eles pedem uma resposta para suas colocações em até 15 dias.
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