Com volta do Paulistão, Doria e cartolas reforçam "e daí?" de Bolsonaro
A decisão do Governo de São Paulo de permitir a retomada do Campeonato Paulista, sem público, a partir de 22 de julho, fortalece o "e daí?" dito pelo presidente Jair Bolsonaro, em abril, ao ser indagado sobre o recorde de mortes em 24 horas por covid-19 quebrado na ocasião.
Agora foi a vez de o governador João Doria dar mais um "e daí?" para a pandemia. Já tinha feito isso com seu programa de reabertura do comércio que provoca filas do lado de fora de shoppings e aglomeração em rua de comércio popular.
A maioria dos clubes paulistas havia dado a sua manifestação de desdém ao pressionar pela volta. Jogadores e funcionários infectados não fizeram os dirigentes criarem juízo.
Parece que na cabeça dos cartolas paulistas só uma frase martelava: "os cariocas já voltaram e vão chegar no Brasileiro melhor do que a gente". Sinto cheiro de medo do Flamengo no ar. Pavor maior até do que em relação ao implacável novo coronavírus.
Aliás, a CBF também dá sua contribuição ao menosprezo pela ciência ao acenar com o início do Brasileirão em 8 de agosto .
Não é preciso gastar muitas linhas para explicar que não é a hora para se falar na volta o Campeonato Paulista. Basta lembrar que Doria decretou que os jogos só acontecerão nas cidades que estejam no que o governo classifica como fase amarela. A restrição demonstra que a situação não está controlada.
Quer outro dado? Nesta terça (7), o Ministério da Saúde divulgou 1.254 novos registros de óbitos por covid-19 nas 24h anteriores.
Tudo isso reafirma que cartolas e governantes não entenderam que quem está no comando, infelizmente, é o novo coronavírus, não eles.
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