Corinthians prevê novo superávit em julho com corte de 40% fora do futebol
Diferentemente de parte significativa dos conselheiros do clube, a diretoria do Corinthians está otimista em relação às finanças da agremiação. Depois de apresentar as contas do primeiro semestre deste ano com R$ 4,39 milhões de superávit, a expectativa é de que aconteça um aumento superavitário em julho.
A previsão animadora acontece porque os dirigentes esperam que até lá todos os departamentos tenham executado a orientação de reduzir drasticamente suas despesas. A previsão é de corte de 40% para a área social e nos esportes amadores, com economia de aproximadamente R$ 2,5 milhões mensais. Os dois setores apresentaram juntos até junho déficit operacional de R$ 8,1 milhões.
O aperto de cintos foi pedido no auge das medidas de distanciamento social por conta da pandemia de covid-19. Na ocasião, a meta estipulada foi de redução de até 50% das despesas. Uma parte dos cortes já aconteceu pelo simples fato de as modalidades terem suas competições suspensas, o que evita gastos com viagens e treinos, por exemplo.
No futebol profissional, com mudanças no elenco e redução dos salários em 25% durante a pandemia, a folha salarial chegou a R$ 8,5 milhões mensais, segundo disse o gerente de finanças Roberto Gaviolli em entrevista coletiva. Ainda de acordo com o executivo, o custo mensal com salários e direitos de imagem do time principal deve ser de aproximadamente R$ 11 milhões com a volta das remunerações integrais. Em 2019, o gasto mensal médio com a folha de pagamento do time foi de R$ 17,2 milhões, de acordo com dados do balanço corintiano.
A venda de jogadores aparece no balancete do primeiro semestre como uma das principais causas para o superávit no período. Foi registrada a receita de R$ 142,2 milhões nos primeiros seis meses do ano com repasse de direitos federativos. O dinheiro da venda de Pedrinho ainda não chegou, mas parte dele já entrou na conta. Segundo a diretoria, contabilmente, o procedimento está correto levando-se em conta as datas previstas no contrato.
O jogador foi negociado por 20 milhões de euros com o Benfica. O clube brasileiro tem direito a 70%, mas fez um acordo com o agente do atleta, Will Dantas, para repassar 30% parceladamente, mesmo se conseguir adiantar o valor total junto a uma instituição financeira.
O superávit em junho contrasta com o déficit de R$ 94,9 milhões registrado no primeiro semestre do ano passado. A agremiação terminou 2019 com R$ 177 milhões no vermelho. Porém, uma revisão nas contas para incluir quantia cobrada pelo JMalucelli na Justiça referente à venda de Jucilei deve fazer o número negativo chegar perto de R$ 200 milhões.
Alegando falhas no balanço, como a não inclusão do montante total cobrado pelo JMalucelli, o Conselho de Orientação (Cori) recomendou ao Conselho Deliberativo que reprove as contas relativas ao ano passado. O estatuto alvinegro aponta a reprovação das contas como motivo para abertura de processo de impeachment contra o presidente. A reunião para a votação sobre o tema ainda não foi marcada.
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