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Por que Corinthians não conseguiu antecipar grana da venda de Pedrinho

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25/07/2020 04h00

Exigências feitas pela instituição financeira estrangeira escolhida pelo Corinthians para antecipar o dinheiro da venda de Pedrinho ao Benfica emperraram a negociação. A primeira parcela do pagamento de 20 milhões de euros não será mais antecipada.

O dinheiro referente à prestação inicial agora é aguardado diretamemente do clube português em agosto. Isso porque ficou combinado que o Benfica começaria a fazer o pagamento assim que inscrevesse o jogador. Por conta da pandemia de covid-19, a abertura da janela de transferências em Portugal foi adiada para o próximo mês.

De acordo com fonte na direção alvinegra, a instituição financeira queria que o clube brasileiro fizesse um seguro de vida para Pedrinho. A operação serviria para indenizar a companhia em caso de morte ou invalidez do atleta antes de sua apresentação ao Benfica.

Outro pedido, segundo a mesma fonte, foi uma garantia de que o clube português faria o primeiro pagamento. As duas solicitações se transformaram em obstáculos para o alvinegro. Vale lembrar que a diretoria corintiana chegou a considerar a operação de antecipação fechada.

O plano agora é antecipar, com a mesma companhia, as demais parcelas. O seguro de vida não será necessário porque Pedrinho já estará no Benfica. Assim, os portugueses não teriam motivos para deixar de cumprir o contrato e realizar os pagamentos.

O Corinthians tem direito a 70% do valor da venda. Porém, Will Dantas, empresário de Pedrinho, concordou que o clube só repasse os 30% restantes parceladamente a partir do ano que vem.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.