Pole de número 90 chega com maturidade de Hamilton como ativista
Lewis Hamilton conquistou neste sábado, na Hungria, a pole position de número 90 de sua carreira. É emblemático que a marca histórica venha no momento em que o inglês assume seu papel de líder negro no esporte.
Uma série de fatores parece contribuir para que em 2020 o piloto da Mercedes use com uma intensidade que não havia adotado antes sua voz para combater o racismo e promover a inclusão de negros num dos esportes mais elitizados do mundo.
O movimento global iniciado nos Estados Unidos para protestar contra a violência policial que sufoca e mata negros foi o empurrão que faltava para Hamilton evoluir como ativista.
Tal impulso talvez não tivesse movido o inglês caso não o encontrasse maduro dentro e fora das pistas.
Os seis títulos mundiais, a chuva de recordes, incluindo o de poles, e a experiência natural de quem envelhece, engrossaram voz do hexacampeão.
Ele percebeu esse poder e passou a falar alto por uma F-1 mais inclusiva. Seu barulho faz eco e dá para perceber algum movimento na estrutura da categoria para dar satisfação a seu maior astro no momento e, para boa parte dos fãs, o maior de todos os tempos.
Os efeitos ainda são tímidos, como gestos de apoio ao movimento Black Lives Matter e a indicação de uma integrante negra do time Mercedes para receber um troféu. Isso, além da pintura alusiva à causa negra nos carros da equipe alemã.
Mas foi dada a largada. Nessa área, é como se Hamilton estivesse brigando por sua primeira pole. A caminhada não será fácil, como não foi moleza chegar à marca de assegurar o primeiro lugar no grid por 90 vezes
Porém, a estrela da Mercedes parece preparada para, depois de impor sua história de sucesso à bolha em que negros não conseguiam entrar, ajudar a criar as bases para que um dia negros triunfando na F-1 não sejam casos isolados, como uma pole position única, obra do acaso.
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