'Ninguém falou em sair da concentração', diz médico da FPF sobre Palmeiras
Moisés Cohen, presidente da comissão médica da Federação Paulista, disse em entrevista ao blog que o protocolo da entidade recomenda, mas não obriga os clubes a ficarem concentrados desde a retomada do Paulista até a final.
Sendo assim, segundo ele, o Palmeiras não descumpriu uma ordem da entidade ao liberar seus jogadores da concentração. De fato, não há punição para quem quebre o isolamento previsto no protocolo.
Por outro lado, Cohen disse que esperava que todos os times permanecessem concentrados, já que ninguém contestou a orientação.
O caso gera polêmica porque, em reunião nesta segunda (3) sobre a final do Estadual, o presidente do Palmeiras perguntou quando os times fariam testes de covid-19 para o primeiro jogo, na quarta. Após ouvir a pergunta de Maurício Galiotte, o presidente corintiano, Andrés Sanchez, afirmou que seu time não fará o teste porque não deixou a concentração. Em nota, a FPF diz que as duas equipes concordaram em fazer a testagem após a primeira partida e antes da segunda, marcada para o sábado.
"A federação é democrática, todos os departamentos médicos foram ouvidos e ajudaram a fazer o protocolo. No final das reuniōes, sempre perguntamos se alguém não estava de acordo com algo e ninguém falou nada. Não fico decepcionado, mas esperava que todos ficassem concentrados porque ninguém disse que sairia", declarou Cohen.
O médico, no entanto, afirmou não estar preocupado porque o Palmeiras tem testado seus jogadores no retorno à concentração.
Ele também não vê problemas no fato de o Corinthians se recusar a fazer a testagem antes do primeiro jogo. "Não me preocupo porque o Corinthians está testando sempre seus jogadores. Eles já fizeram uns cinco testes. O último foi antes do jogo com o Mirassol. E os sintomas são importantes. Independentemente de teste, você monitora os jogadores para ver se alguém apresenta os sintomas", disse ele.
Cohen afirmou que o protocolo com concentração integral foi planejado pensando nos times menores, que não teriam dinheiro para bancar seguidos testes.
Ele também falou sobre não haver punição definida para quem não fique concentrado. "Não cabe a mim, como médico, estipular punição. E como a federação vai fiscalizar quem saiu da concentração? Vai colocar polícia para não deixar sair?" afirmou.
O médico também disse ter sofrido ataques em redes sociais que associam sua imagem ao Corinthians pelo fato de a federação não obrigar o alvinegro a fazer o teste pedido pelo Palmeiras.
"Fico chateado. Publicaram até uma foto do dia em que levei meu neto para conhecer o Cássio. Não teria a carreira que eu tenho se fosse irresponsável", desabafou.
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