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Saiba como a direção do São Paulo avalia o trabalho de Diniz

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06/10/2020 04h00

A diretoria do São Paulo tem bancado a permanência de Fernando Diniz por avaliar que seu trabalho tem mais pontos positivos do que negativos. Mas, internamente, existe o reconhecimento de que se não houver uma evolução em relação aos últimos jogos, uma indesejável troca pode acontecer. Desempenho, resultado e perspectivas para o futuro definirão o que será feito.

Os cartolas esperam que Diniz faça, principalmente, ajustes no  sistema defensivo para reduzir o número de gols tomados. Essas correções atingiriam não só os defensores, mas a maneira como o time todo age para defender a própria meta quando está sem a bola.

O São Paulo levou pelo menos um gol em cada um de seus dez últimos jogos. Por outro lado,  o time só não balançou as redes em uma partida do Brasileirão até aqui. Foi na derrota por 3 a 0 para o Atlético-MG. Assim, os dirigentes entendem que, se Diniz arrumar a defesa, as chances de vencer serão grandes.

Já são sete jogos seguidos sem vitória. Foram cinco empates e duas derrotas. Em conversa com o blog, cartola são-paulino lembrou que no ano passado, sob o comando de Cuca, a equipe chegou a ficar oito partidas sem saber o que é vencer e com quatro derrotas nessas apresentações. E que depois obteve cinco triunfos seguidos. Isso justificaria a esperança de que Diniz recupere o time. O próximo jogo acontece nesta quarta (7) contra o Atlético-GO, no Morumbi.

Independentemente do que acontecer daqui para frente, a direção de futebol tricolor enxerga frutos no trabalho de Diniz.

Não é aplaudida só a efetividade do ataque. Um dos principais elogios é em relação a como ele trabalhou com jovens formados em Cotia, o que pode gerar, além de rendimento esportivo, boas receitas em futuras vendas no entendimento de chefes do técnico.

Não se trata apenas de dar oportunidades a eles. O treinador é elogiado por, na opinião da direção de futebol, saber escolher quem merece chance, lançar os meninos no momento certo e trabalhar bem na lapidação deles.

Os casos de Igor Gomes e Antony, que eram reservas e viraram titulares com Diniz, são usados como exemplos. Os trabalhos com Diego e Léo, que Diniz encontrou como lateral e levou para a zaga, também são valorizados.

O treinador são-paulino é visto como quem deixa um legado por onde passa. Mas que, neste momento, tem contra ele, além da fragilidade defensiva e da atual falta de vitórias, o peso das eliminações nas quartas de final do Paulista, diante do Mirassol, e na fase de grupos da Libertadores.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.