Aidar deve ter menos folga política do que Juvenal no São Paulo
Apesar de vencer sem sustos a eleição entre os sócios do São Paulo, o grupo situacionista deve ter bem menos folga nos próximos anos do que teve até agora. Principalmente porque o número de conselheiros eleitos pela oposição pulou de 18 no último pleito para 31 agora.
O crescimento foi insuficiente para assegurar a maioria no Conselho Deliberativo, já que a situação elegeu 49 conselheiros e amplia a vantagem que tinha no órgão.
Nesse cenário, ficou improvável que o opositor Kalil Rocha Abdalla derrote Carlos Miguel Aidar na eleição para a presidência, no próximo dia 16. Mas é certo que, sendo eleito, Aidar terá vida política bem menos tranquila do que Juvenal Juvêncio teve na maior parte de sua administração.
Além de a vantagem situacionista diminuir, a oposição agora tem como articulador Kalil, conselheiro influente em diversas alas do órgão. Ex-aliado de Juvenal, só no final da última gestão ele mudou de lado. Kali e Marco Aurélio Cunha darão trabalho à situação no conselho.
Também vai pesar o fato de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, ser o presidente do Conselho Deliberativo, se tudo sair como programado pela situação.
Apesar de ser situacionista, Leco queria ser candidato e não digeriu a escolha de Aidar. Assim, caso se concretize a vitória de Carlos Miguel, em tese, ele não terá a um presidente do conselho dócil a seu lado.
E o órgão deverá ter embates bem mais agitados agora, que está menos desequilibrado. Outro motivo é a presença de Francisco Manssur, homem de confiança de Juvenal e um dos alvos preferidos da oposição. Em sua primeira eleição, ele foi o sexto mais votado para o conselho, com 649 votos. Marco Aurélio Cunha, com 872, foi o único opositor a receber mais indicações do que o pupilo do atual presidente. Cunha, aliás, só perdeu para o situacionista Julio Cesar Casares, com 911 votos. Era questão de honra para JJ não deixar Cunha ser o campeão das urnas. Como era uma das prioridades eleger bem Manssur.
Mais uma vez, Juvenal demonstrou sua força, mas sem o cargo de presidente terá mais dificuldade para evitar o crescimento da oposição, que, em qualquer clube representa riscos de turbulência para o time de futebol. A equipe é sempre o ponto mais sensível da política interna. E uma oposição mais forte grita mais alto quando enxerga algo errado entre o vestiário e o campo.
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