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Tropeços em casa, excesso de empates e língua afiada pressionam Mano

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21/08/2014 08h29

Mano Menezes está longe de correr risco de perder o emprego, mas precisa de uma vitória nesta quinta, diante do Goiás, no Itaquerão, para brecar o crescimento das críticas contra ele no Parque São Jorge. São queixas de parte da diretoria e de conselheiros. Veja abaixo os motivos de pressão sobre o treinador do Corinthians.

Desempenho em casa

Mano é cobrado para melhorar o rendimento do Corinthians como mandante. O time só ganhou metade dos oitos jogos que disputou em casa. Foram quatro vitórias, três empates e uma derrota. Com essa campanha, desperdiçou sete pontos caseiros. A diferença para o líder Cruzeiro é de cinco pontos.

 

Rei do empate

Causa irritação em conselheiros do clube a quantidade de empates do alvinegro no Brasileirão. Foram sete em 15 rodadas. Ninguém empatou tanto nesta edição do Nacional. No ano passado, o campeão Cruzeiro obteve o mesmo número de empates em 38 partidas. O entendimento dos críticos é de que o técnico prefere o empate a se arriscar em busca da vitória. Essa era exatamente uma das principais queixas da diretoria contra Tite no ano passado. Na ocasião, o clube terminou o Brasileirão com 17 empates.

Língua afiada

A diretoria não gostou de o treinador cobrar publicamente a contratação de Nilmar. Avalia que até agora atendeu a todos os pedidos do técnico, assim ele deveria ser mais paciente. Além disso, as declarações podem gerar pressão da torcida pela contratação num momento em que a grana está curta.

Também não pegou bem a afirmação do treinador durante o programa "Bem Amigos", do Sportv, de que Petros cometeu um erro no lance com o árbitro Raphael Claus, durante jogo com o Santos. A análise dos críticos é de que as palavras do técnico fortaleceram os membros do STJD que queriam punir o jogador por 180 dias, o que aconteceu. Mano disse: "Ele cometeu um erro, e a gente não pode contrariar a imagem. O que não gosto é de crucificar, não gosto da precipitação. Alguns dizendo que ele foi covarde. Quem falou que ele foi covarde? Vamos devagar. Vamos deixar as pessoas julgarem".

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.