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Laudo atrasa "presente" do Corinthians para organizadas em Itaquera

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24/08/2014 06h00

Ernesto Rodrigues/Folhapress

Antes mesmo da construção da arena corintiana, as torcidas organizadas pediram para o clube um espaço sem cadeiras atrás de um dos gols do estádio. A diretoria concordou com a ideia e planejava retirar os assentos logo depois da Copa do Mundo. Mas a tarefa está mais complicada do que os cartolas imaginavam.

A autorização dada pelo Corpo de Bombeiros para o funcionamento da arena vale só para todos os setores com cadeiras. Se elas forem retiradas, será preciso uma nova vistoria no estádio para emissão de um laudo atualizado. E isso pode levar tempo. É só lembrar o quanto o clube esperou para poder ter todas as autorizações necessárias para jogar em Itaquera.

Como o laudo atual vale até fevereiro de 2015, é possível que as cadeiras do setor norte, destinado às uniformizadas, fiquem lá até essa data. Depois, como já será necessário obter um novo documento, elas seriam removidas.

Uma empresa contratada pelo clube para tratar de assuntos relativos às autorizações de uso do estádio negocia com o Corpo de Bombeiros para tentar acelerar a retirada das cadeiras.

O assunto é estratégico para o Corinthians, especialmente para Andrés Sanchez, cartola responsável pelo estádio e candidato a deputado federal. Ele tem sido alvo de críticas de torcedores organizados e também dos que não fazem parte das uniformizadas por causa dos preços dos ingressos. Sem as cadeiras, mais gente caberá no setor norte. Isso abriria uma brecha para a redução do valor das entradas naquela área, que é de R$ 50, mas com descontos no programa de fidelidade pode chegar a R$ 30.

Um dos envolvidos na operação do estádio, no entanto, disse ao blog que ainda não foi definido que o preço cairá quando os torcedores puderem ficar em pé.

Para o setor sul, atrás do gol oposto ao que ficam as uniformizadas, o projeto é manter as cadeiras.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.