Topo

Perrone

Salário de cerca de R$ 600 mil pesa contra permanência de Mano Menezes

Perrone

10/10/2014 06h00

A irregularidade do time no Campeonato Brasileiro não é o único fator que pesa contra a permanência de Mano Menezes no Corinthians em 2015. O salário do treinador, de aproximadamente R$ 600 mil, é alvo de críticas de cartolas ligados à atual administração e também da oposição.

Para parte dos situacionistas, o técnico não justifica a alta remuneração. A avaliação é de que um treinador tão bem pago tem a obrigação de fazer o elenco atual brigar pelo título.

Do outro lado do Parque São Jorge, a oposição nem entra no mérito da qualidade de Mano. Argumenta que, se ganhar a eleição de fevereiro, a primeira coisa que fará é decretar que o clube não pode pagar tanto para seu treinador, seja quem for. Líderes oposicionistas acreditam que não há no Brasil técnico que mereça receber essa quantia. E que não há clube que tenha saúde financeira para desembolsar tanto por um treinador.

A discussão sobre a permanência de Mano esquentou após Mário Gobbi dizer ao Sportv que o clube vai ficar sem técnico entre dezembro e fevereiro, quando acontece a eleição no clube. O contrato de Mano termina em dezembro, e o presidente disse que deixará a decisão sobre renovar ou não para seu sucessor. Segundo informação da TV Globo, porém, Gobbi mudou de ideia e prometeu ouvir os candidatos ao cargo sobre a situação de Mano para tomar uma decisão em dezembro.

A oposição diz que se for chamada para conversar irá recusar o convite. Entende que o futuro de Mano é responsabilidade do atual presidente. Não vai dar palpite.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.