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Antes salvador, Elias agora é criticado na diretoria corintiana

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14/11/2014 09h17

Quando Mano Menezes pediu a contratação de Elias, o Corinthians decidiu gastar o que não podia. Ao Cori (Conselho de Orientação) do clube, Mário Gobbi explicou que o treinador havia garantido que o jogador acertaria o time. Assim, o volante chegou com status de salvador da pátria. Porém, sete meses depois, ele recebe críticas de parte da diretoria, arrependida.

A queixa é de que Elias não só não arrumou o time como ajudou a aumentar o buraco financeiro alvinegro. No mês passado, o clube precisou ir ao mercado para conseguir 1 milhão de euros a fim de quitar a primeira parcela da compra. Situação desconfortável para quem viu sua dívida aumentar R$ 67,4 milhões até agosto em relação ao ano passado. O débito chegou a R$ 261 milhões.

Ao trazer Elias, a esperança era de que o time decolasse e no mínimo garantisse uma vaga na Libertadores. As receitas com a disputa da competição continental aliviariam o gasto com a montagem do time. Porém, o Corinthians chega à reta final do Brasileirão seriamente ameaçado de ficar sem a vaga.

Quem reclama de Elias entende que se ele repetisse o futebol de sua primeira passagem pelo Parque São Jorge o cenário seria animador. Mas as críticas mais pesadas não são para ele. Mano Menezes e Mário Gobbi são alvos mais atingidos por gente da diretoria. O treinador porque exigiu reforços e não fez o time render o esperado. E o presidente por ceder a quase todas as vontades do técnico (só faltou Nilmar), dando de ombros para o aperto financeiro do clube.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.