Topo

Perrone

Aidar emprega no São Paulo advogados que eram de seu escritório

Perrone

20/12/2014 06h00

Não deu nem tempo de a poeira baixar no Morumbi depois da explosão do caso Cinira Maturana, a namorada de Carlos Miguel Aidar, que tem contrato de comissionamento com o clube e se envolveu em polêmica com a Puma. Outras duas contratações feitas pelo presidente geram protestos da oposição.

O novo episódio envolve dois advogados que atuavam no escritório de advocacia de Aidar, mas que saíram de lá para trabalhar no São Paulo. Eles são Gustavo Delbin e Alexandre Miranda.

De acordo com seu perfil em uma rede social, Delbin deixou a Aidar SBZ Advogados em outubro e ingressou em novembro no São Paulo. Por sua vez, Miranda parou de trabalhar com Aidar no escritório em maio, um mês após o cartola ser eleito, para ser funcionário dele no clube, em junho. Porém, segundo o presidente são-paulino, o advogado está fazendo um curso de direito esportivo na Fifa, na Europa.

Não há irregularidade nas contratações, mas a oposição se queixa de que Aidar mais de uma vez escolheu pessoas de suas relações para atuar no clube. Alegam que seria mais ético evitar essas indicações e buscar profissionais no mercado sem ligação com ele.

Indagado pelo blog por meio de mensagem pelo celular, Aidar disse que o serviço jurídico do clube não é mais terceirizado. "É todo feito internamente, ao contrário da gestão anterior, que só com escritórios de advocacia pagou perto de R$ 800 mil nos primeiros quatro meses deste ano", afirmou o dirigente. Irritado, ele completou: "Se você quer munição, tenho mais, mas não pergunte, não vou mais responder. Nem me procure mais."

Além do episódio com sua amada, Aidar já havia enfrentado protestos da oposição contra Mariana Aidar, sua filha e que acabou deixando o cargo não remunerado de assessora da presidência.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.