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Mãe de Gabigol também gera queixas no Santos

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17/03/2015 07h27

Com a mesma força que é esperança dentro de campo, o atacante Gabriel provoca receio no Santos de que problemas enfrentados com o estafe de Neymar se repitam. Até a mãe de Gabigol, Lindalva, gera queixas e comparações com os pedidos que eram feitos pelo pai do agora astro do Barcelona.

A revelação santista protagonizou a queda de Enderson Moreira, que criticou o jovem e reclamou que os garotos do clube são mimados.

Membros da antiga diretoria do Santos reforçam as críticas e miram dona Lindava. Afirmam que ela chegou a pressionar o ex-presidente Odílio Rodrigues para que seu filho fosse escalado, quando Enderson o deixava na reserva.

Lindalva é descrita como exigente nos mimos, assim como Neymar pai, que exigia até passagem em primeira classe para acompanhar o filho nas viagens pela seleção brasileira. Segundo os cartolas da diretoria anterior, na renovação de Gabigol, a mãe foi logo pedindo camarote e um número de camisas do Santos por mês para o filho. O gesto, contam os ex-dirigentes, incomodou por ser considerado um exagero.

Ao blog, a assessoria de imprensa de Gabriel disse que Lindalva não daria entrevista.

Porém, Wagner Ribeiro, agente da promessa santista e também de Neymar, assumiu a responsabilidade pelos pedidos. E negou que a mãe do garoto tenha cobrado para ele vaga no time titular.

"Ela nunca pediu nada. Eu pedi camarote, e ele ganhou direito a alguns lugares num camarote coletivo na Vila Belmiro. Camisas, eu sempre peço na negociação de todos os jogadores. É porque muita gente pede de presente. Então, se quiserem me chamar de chato, tudo bem, mas não a mãe dele. O que ela pede é um salário melhor pro filho, isso é natural", declarou Ribeiro. Segundo ele, Lindava não participou das reuniões para renovar o contrato do atacante.

O próprio agente foi atacado por Enderson. O treinador disse em sua saída que o estafe de Gabigol pressionava pela escalação do jovem, mas sem cobrar diretamente o técnico. Ele declarou estranhar reportagens sobre a suposta venda do atacante após partidas em que ele não jogava bem.

"Não tenho como plantar isso na imprensa. Se ele for mal, vou falar pra vocês escreverem que ele fez três gols", afirmou Ribeiro.

Também gera certo incomodo na Vila Belmiro a maneira como Valdemir, pai de Gabriel ,procura acompanhar tudo o que acontece em volta do filho no clube. Ele deixou o emprego para ajudar a cuidar da carreira do atacante, repetindo o que fez Neymar pai.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.