Pressionado, vice do São Paulo encara torcedor no Morumbi
O tempo esquentou nas cadeiras cativas do Morumbi no intervalo da partida entre São Paulo e San Lorenzo, na última quarta, no Morumbi. Ataíde Gil Guerreiro, vice de futebol, foi reconhecido por um torcedor que o hostilizou. O cartola deu o troco e foi contido por amigos.
"Você fala muita m…", disse o torcedor para o dirigente, que desafiou o interlocutor a falar as tais coisas na cara dele. O cartola demonstrou mais disposição para o enfrentamento do que seu desafeto, e a situação só se acalmou por insistência da turma do deixa disso.
Ataíde não atendeu ao blog e nem respondeu às mensagens enviadas para seu celular.
Recentemente, o dirigente revoltou parte dos torcedores ao dizer que os são-paulinos não encheriam o Morumbi nem se o clube deixasse os portões abertos com entrada gratuita no clássico contra o Corinthians.
O temperamento explosivo tem feito Ataíde colecionar atritos. Como já mostrou o blog, o cartola teve até um desentendimento por e-mail com Douglas Eleutério Schwartzmann, vice de comunicações e marketing. Também protagonizou uma ríspida discussão por telefone com José Edgard Galvão, chefe de gabinete do presidente do clube, Carlos Miguel Aidar. O homem forte do futebol são-paulino não gostou de saber que o colega estava despachando no CT das categorias de base.
Além de ser pressionado por críticas internas feitas por membros da diretoria, Ataíde sofre intensa pressão da Independente, a principal organizada do clube. A uniformizada, que tem bom trânsito com Aidar, culpa o dirigente por problemas no time. E não engole o fato de o vice, acertadamente, blindar a equipe e impedir os torcedores de terem acesso aos jogadores para fazer cobranças.
"Ataíde não entende de futebol e permite não ter pressão no elenco, com isso o comodismo e a falta de interesse são nítidas no elenco", publicou a Independente em sua conta no Twitter.
A uniformizada também criticou o fato de a comissão técnica e os jogadores terem comemorado o aniversário do cartola no vestiário numa demonstração de apoio a ele. "Esse ano perdemos no salão (futsal), na Copa São Paulo, no Paulista, na Libertadores. Está tudo normal, até bolinho de aniversário tem para dirigente", disparou a organizada na rede social em referência as derrotas para o Corinthians em 2015.
A comemoração no vestiário uniu Muricy Ramalho e o cartola, que têm os mesmos inimigos na arquibancada e no clube. E que mostram disposição semelhante para enfrentar os desafetos.
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