Campanha por mata-mata e árbitros pressionados. Os desafios do Brasileirão
Abaixo, quatro desafios a serem superados pelo Brasileirão de 2015, iniciado no sábado.
1 – Arbitragem
O Brasileirão começa com árbitros enfraquecidos diante de técnicos e jogadores. Eles têm a missão de recuperar o respeito perdido e diminuir o festival de pressão a que foram submetidos durante os estaduais. Precisam contornar a situação sem afundar as partidas com enxurradas de expulsões. O problema é tão grave que a CBF emitiu comunicado pedindo que os juízes sejam mais enérgicos com os reclamões.
2 – Equilíbrio
A audiência do futebol nacional está em queda na Globo. Parte dos clubes, como o Grêmio, quere a volta dos mata-matas no Brasileirão. Nesse cenário, é fundamental para a sobrevivência do sistema de pontos corridos que ninguém dispare na ponta e que quatro ou cinco clubes cheguem na parte final da competição com chances de título. O desequilíbrio que desmotivaria torcedores é um dos principais argumentos dos que querem a mudança.
3 – Segurança
O terror ronda o Brasileirão em três frentes que precisam ser atacadas por autoridades de segurança pública e dirigentes. Os problemas começam do lado de fora dos estádios, com as brigas entre torcidas organizadas longe das arenas, como a que feriu um dos líderes da são-paulina Independente numa briga com a corintiana Gaviões da Fiel durante o Paulista. Há também quem já comece o Brasileiro sob ameaça de agressão de sua própria torcida, caso do Grêmio. E o novo motivo de temor é provocado pelo formato das arenas construídas no "padrão Fifa", sem barreiras entre o público e o gramado. O exemplo dramático foi visto na batalha entre torcedores de Fortaleza e Ceará no gramado do Castelão, na final do Campeonato Cearense. O estádio em que ocorreu a briga não está no Brasileirão, mas há outros nos mesmos moldes.
4 – Salários atrasados
Clubes atolados em dívidas têm a missão de manter jogadores motivados apesar de atrasos nas remunerações. Precisam ainda evitar novas debandadas por meio de ações na Justiça. A crise atinge praticamente todos. Para ficar no exemplo paulista, Santos e Corinthians têm direitos imagens atrasados desde o ano passado. O São Paulo também tem deixado de pagar parte das remunerações em dia.
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