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Os 7 personagens mais pressionados de Corinthians x Palmeiras

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31/05/2015 07h53

O clássico entre Corinthians e Palmeiras neste domingo, no estádio alvinegro, é especialmente tenso para os sete personagens abaixo.

No Corinthians

Tite – Sem Guerrero e Sheik, a pressão da diretoria é para que o treinador comece a mostrar no clássico que pode se virar com um time sem tantos medalhões. Ele é cobrado também para dar mais espaço aos jogadores da base. O fantasma da venda do zagueiro Marquinhos, autorizada pelo técnico e feita a preço de banana, ainda persegue o treinador alvinegro. Principalmente após o acerto da venda de Matheus Cassini. Ele nem chegou a jogar no time principal.

Diretoria – Uma vitória no clássico é fundamental para diminuir a pressão da torcida sobre os dirigentes alvinegros. O presidente Roberto de Andrade, o gerente Edu Gaspar e o superintendente de futebol, Andrés Sanchez, são os alvos. Tanto torcedores comuns como organizados, além de conselheiros do clube, estão irritados com o trio por causa do início do desmanche do time. A saída de Cassini também aumentou as críticas sofridas pela direção alvinegra, acusada de não saber aproveitar suas promessas.

No Palmeiras

Alexandre Mattos – Membros do COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do clube criticam o pacote de reforços trazido pelo cartola remunerado. Já usam a expressão baciada. Foram 21 jogadores até agora. A maioria veio sem altos custos pela aquisição dos direitos econômicos. Porém, Dudu, Robinho e Leandro Pereira provocaram juntos despesa de pelo menos R$ 17 milhões em suas contratações. A queixa principal é de que o dirigente deveria ter contratado menos, mas com mais qualidade. Outra reclamação é referente a uma reunião que o cartola fez com os atletas no gramado do centro de treinamento. Integrantes do COF afirmam que ele quis "jogar para torcida" e dizer que fez a sua parte. Para a direção palmeirense, a reunião foi rotineira. Vale lembrar que no começo do ano, o trabalho de Mattos era amplamente elogiado por conselheiros do clube.

Osvaldo de Oliveira – Foi estrondosamente vaiado pela torcida no empate com o ASA. Os conselheiros mais exaltados exigem sua demissão em caso de derrota no clássico deste domingo. A crítica mais ouvida é o genérico "ele não conseguiu dar padrão de jogo ao time". Por sua vez, o presidente do clube, Paulo Nobre, não demonstrou até agora nos bastidores irritação com o treinador. Na diretoria, a avaliação é de que o trabalho do técnico tem sido prejudicado por lesões e outros problemas físicos, como nos casos de Arouca, Leandro Pereira, Jackson e Tobio.

Valdivia – A maioria dos conselheiros e parte da diretoria entende que o chileno está desmotivado porque acredita que não terá seu contrato renovado, por isso, a vontade era de que o treinador não o aproveitasse no clássico. De longe, ele  é o palmeirense mais pressionado a mostrar um bom futebol.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.