Marin disse a advogados que fez 'pegadinha' com Hawilla ao falar de propina
A defesa de José Maria Marin, preso na Suíça, sustenta que o ex-dirigente fazia uma espécie de pegadinha com J.Hawilla quando teve declarações suspeitas gravadas pelo FBI. A intenção do ex-presidente da CBF seria dar corda para o empresário com o objetivo de entender o que estava acontecendo, saber como funcionavam as coisas na confederação.
Hawilla, réu confesso no processo que investiga corrupção no futebol mundial, virou colaborador do FBI e estava conscientemente grampeado quando teve uma conversa incriminadora com então presidente da Confederação Brasileira. O empresário indagou se era necessário continuar pagando propinas para o antecessor de Marin na CBF, Ricardo Teixeira. De acordo com o relatório sobre as investigações, José Maria respondeu: "Está na hora de (o dinheiro) vir na nossa direção. Verdade ou não?".
Para seus advogados, Marin disse que não quis ajuda de ninguém e decidiu resolver sozinho problemas com Hawilla. Foi para a reunião disposto a falar o que fosse preciso para ouvir revelações de seu interlocutor. E que não contava que estivesse sendo ouvido também pelo FBI.
Na tentativa de comprovar essa tese, a defesa de Marin sustenta que contratos discutidos naquele dia foram rescindidos.
A argumentação também é de que, se havia um esquema de corrupção na CBF, Marin não era o cabeça. Ficou cerca de três anos na presidência, pouco perto dos 23 anos de Teixeira no trono. Por essa linha de raciocínio, se existe uma engrenagem de corrupção funcionando há décadas na CBF, o cartola preso na Suíça não pode ser considerado um dos principais responsáveis por ela.
Também nas conversas com seus defensores, Marin disse que talvez não teria assinado alguns contratos se tivesse lido melhor e que está disposto a pagar para o fisco americano o que as autoridades locais acreditam que ele deve. Só não pode ouvir falar em ficar numa cadeia norte-americana.
Entre os dias 3 e 6 de agosto a Justiça suíça deve decidir se aceita o pedido de extradição do cartola feito pelos Estados Unidos.
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