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Árbitro da final é um dos dois preferidos do Santos, mas gera controvérsia

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25/11/2015 08h24

Crítico voraz de Sérgio Corrêa, presidente da comissão de arbitragem da CBF, Modesto Roma Júnior, presidente do Santos, deu atenção especial ao apito antes do primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil, contra o Palmeiras.

Ele foi ao Rio de Janeiro na última segunda acompanhar o sorteio que definiria o árbitro do primeiro jogo, nesta quarta, na Vila Belmiro. O cartola defendia que Flávio Luiz de Oliveira e Raphael Claus fossem para o sorteio. Claus está fora do país e não teve seu nome selecionado. Já Oliveira foi o escolhido, assim Modesto se diz satisfeito com o resultado.

Porém, há na Vila quem diga que o presidente preferisse Oliveira no segundo jogo, em São Paulo, por considerar que ele é um árbitro que segura as partidas por marcar mais faltas e conversar muito com os jogadores. Em tese, seria melhor para o alvinegro do litoral ter um juiz que deixe o jogo correr mais em Santos para seu veloz time pressionar o Palmeiras e outro que cadencie a partida na capital. A tendência é que no jogo de volta os palmeirenses tenham mais volúpia ofensiva.

Esse argumento é defendido por parte dos cartolas santistas, que considera uma derrota ter Oliveira na abertura da final. Mas Modesto negou ao blog que concorde com isso. "Estou satisfeito em relação à arbitragem para a primeira partida. Sobre ele (Oliveira) segurar as partidas, isso depende do que acontecer em campo. Se o jogo for corrido, com poucas faltas, não tem como segurar", afirmou o presidente santista.

O blog ouviu Rafael Porcari, ex-árbitro, atualmente consultor e comentarista de arbitragem, sobre o tema. Ele concorda que o modo de atuar de Oliveira pode ser prejudicial a times velozes, caso do Santos.

"O estilo dele é diferente demais do irmão Paulo César (ex-árbitro). O PC, na fase boa da carreira, deixava o jogo fluir. O Luis Flávio, na dúvida, marca falta. Ele também ouve a queixa dos jogadores e justifica as marcações, ao invés de deixar o jogo seguir. Tal estilo não ajuda equipes rápidas", disse o comentarista ao blog.

Para ele, a escalação de Claus, outro nome defendido pelo Santos, seria pior para o Palmeiras, por ser um juiz que não leva desaforo para casa e ser mais rigoroso disciplinarmente. O histórico recente mostra que o alviverde tem uma equipe mais esquentada que a santista.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.