Técnicos sessentões perdem espaço nos grandes clubes do Brasileirão
Os treinadores sessentões perderam espaço nos principais clubes do país. É o que mostra a relação de técnicos do Brasileirão. Entre 11 times de Rio, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, tradicionalmente os mais fortes, só Flamengo, com Muricy Ramalho, 60 anos, e Fluminense, comandado por Levir Culpi, 63, contam com treinadores sexagenários.
Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras, Grêmio, Internacional, Atlético-MG, Cruzeiro e Botafogo também estão nessa conta.
No início do Nacional do ano passado, eram cinco sessentões em 11 times desses quatro estados: Felipão (Grêmio), Vanderlei Luxemburgo (Flamengo), Osvaldo Oliveira (Palmeiras), Marcelo Oliveira (Cruzeiro) e Levir Culpi (Atlético-MG).
Chama a atenção a quantidade de técnicos que já passaram dos 60 e acumularam títulos do Brasileirão que não começam a edição deste ano. Juntos, Felipão (67 anos), Vanderlei Luxemburgo (64), Nelsinho Baptista (65), Abel Braga (63) e Marcelo Oliveira (61) contabilizam dez títulos da Série A. Só Luxa coleciona cinco canecos. Bicampeão, Marcelo Oliveira teve a chance de voltar ao Cruzeiro antes do início desse Brasileirão, mas alegou que o clube demorou para fazer contato e que ele já tinha iniciado conversas com outro time.
No lugar dos sessentões, Grêmio e Internacional optaram por técnicos que têm 41 anos: Roger Machado e Argel, respectivamente. Os dois clubes estão na linha de frente da renovação de treinadores entre os principais clubes do país.
"Tivemos o Luxemburgo e depois o Felipão. Daí, quando o Felipão caiu, passamos por uma restruturação financeira, minimizando custos e privilegiando expertise de casa. Efetivamos várias pessoas que faziam parte do futebol do Grêmio na base e tínhamos que escolher um treinador. O Roger atendia a esse perfil, tinha sido auxiliar do Grêmio, treinou dois clubes daqui (no Rio Grande do Sul), estudou e conhece a cultura do clube. Por tudo isso foi escolhido", disse ao blog Romildo Bolzan, presidente do Grêmio.
Os quarentões ocupam 30% das 20 vagas de técnico no Brasileirão. Vágner Mancini, 49, do Vitória, Vinícius Eutrópio, do Figueirense, Eduardo Baptista, 46, da Ponte Preta e Gilson Kleina, 48, do Coritiba, acompanham Argel e Roger nessa lista.
No outro lado da balança, os sessentões seguram 20% das pranchetas no Brasileiro. Além de Muricy e Levir, estão na disputa Givanildo Oliveira, 67 (América-MG) e Osvaldo Oliveira, 65 (Sport).
A média de idade dos comandantes das equipes da elite do nacional é de 51,7 anos.
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