Topo

Perrone

Vice do Palmeiras ganha força eleitoral com a Crefisa

Perrone

16/05/2016 09h12

O mandato de Paulo Nobre, que não pode se reeleger à presidência do Palmeiras, termina no final deste ano, e o clube já vive clima eleitoral. Maurício Precivalle Galiotte, primeiro vice, e Genaro Marino Neto, segundo vice, são apontados como candidatos a receber o apoio do atual presidente para disputar a eleição.

Nos últimos dias, os apoiadores de Galiotte passaram a usar a Crefisa na campanha para defender a candidatura dele. O argumento é de que o primeiro vice é hoje quem no clube se relaciona melhor com os donos da empresa e também da FAM, patrocinadoras alviverdes. E que sua vitória no pleito seria vital para a renovação do contrato. O atual vínculo foi assinado em janeiro de 2015 com validade de dois anos. Assim, a renovação seria feita após a eleição.

Publicamente, os donos da Crefisa e da FAM não falam sobre a votação no Palmeiras, mas, internamente, o discurso é de que se Maurício for eleito, a empresa seguirá no clube.

O dirigente se aproximou da parceira em meio à crise de relacionamento entre o casal José Roberto Lamacchia e Leila Pereira com Nobre. Enquanto o presidente palmeirense se afastou dos patrocinadores, o vice passou a trabalhar para desatar os nós da relação. Tanto que no aditivo contratual assinado recentemente, após a suspensão do pagamento por parte das duas empresas, só aparece a assinatura de Maurício pelo clube. Na Crefisa, ficou a impressão de que o presidente não quis assinar para ratificar seu distanciamento dos parceiros.

Procurado, Maurício disse que o blog deveria falar com a assessoria de imprensa do clube, que respondeu que "assuntos administrativos e estatutários do Palmeiras não são discutidos no Blog do Perrone".

Além de ter a simpatia dos patrocinadores, Maurício é visto no clube como o preferido do ex-presidente Mustafá Contursi, que também ajudou a solucionar o último impasse com as parceiras. O vice é definido no Palmeiras como um dirigente que segue filosofias semelhantes às do ex-presidente. Principalmente em relação a priorizar o corte de gastos.

A proximidade dele com Contursi pode gerar rejeições e rachar a situação, na avaliação de integrantes da atual gestão. Isso apesar de a atual diretoria ter sido eleita com apoio de Mustafá.

Nobre não se posicionou sobre a sucessão. No cenário atual, existe a possibilidade de duas chapas originárias da diretoria se formarem, uma com Maurício e outra com Genaro.

Na oposição, já existe pelo menos um pré-candidato, Roberto Frizzo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.