Topo

Perrone

Função tripla de Maicon faz São Paulo se esforçar para segurar zagueiro

Perrone

22/05/2016 11h45

Ao contratar Maicon o São Paulo esperava arrumar sua zaga. Porém, conseguiu mais do que isso. A avaliação da diretoria tricolor é de que o beque ajudou a resolver outros dois problemas: dar um líder para o elenco e um ídolo para torcida.

No final do ano passado, com a aposentadoria de Rogério Ceni, os cartolas estavam preocupados com a falta de liderança no time. Ganso, Denis e Alan Kardec estavam entre as apostas dos dirigentes para ocupar ou dividir o papel que era exercido por Ceni.

Desde que chegou, Maicon ganhou espaço no elenco e virou um dos líderes. Foi considerado fundamental pelos dirigentes para mudar a postura dos atletas, antes considerados apáticos em campo. Internamente, ele era um dos que mais cobravam um comportamento diferente.

Aliando bom desempenho em campo e garra, naturalmente Maicon conquistou a torcida, carente de ídolos, já que Pato e Luis Fabiano também tinha deixado o time. Não havia elos entre os torcedores e o time. A relação era péssima por causa dos maus resultados.

Essa função tripla de Maicon (arrumar a defesa, ser um dos líderes do grupo e aproximar o clube dos fãs) faz com que a direção queira mover montanhas para segurar o jogador, emprestado pelo Porto.

A missão é das mais complicadas, pois os portugueses batem o pé para não renovarem o empréstimo que termina no final de junho e o São Paulo não tem dinheiro para comprar o atleta. O clube brasileiro parece estar num beco sem saída, mas o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva diz ter uma alternativa para desatar o nó. A estratégia e os valores que ela envolve são mantidos em sigilo no Morumbi.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.