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A mágoa da diretoria do São Paulo com Ganso

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18/07/2016 10h06

A diretoria do São Paulo está magoada com Paulo Henrique Ganso, apesar de não admitir oficialmente. Na avaliação da cúpula tricolor o jogador deveria ter acompanhado o time na partida contra o Atlético Nacional, na Colômbia, que selou a eliminação da equipe na Libertadores.

O meia ficou no Brasil fazendo tratamento da lesão que o afastou das semifinais, mas para a direção são-paulina ele deveria ter acompanhado voluntariamente a delegação num momento importante. A não ida foi vista como um sinal de que, prestes a ser vendido para o Sevilla, o jogador já não estava comprometido com a equipe.

O episódio reforça os argumentos da diretoria para justificar a venda de Ganso. Nos bastidores,  a direção afirma que, se permanecesse no Morumbi até o fim de seu contrato, em setembro, além de sair de graça, o meia ficaria de cara amarrada e não renderia bem por estar infeliz.

A diretoria também nega que o jogador e seu estafe tenham ficado chateados com o fato de o São Paulo gastar com Cueva e Maicon ao mesmo tempo em que dizia não ter dinheiro para pagar 4 milhões de euros de luvas ao jogador, como mostrou o blog. O valor foi oferecido pelo clube que queria convencer a DIS a bancar essa quantia. O negócio não deu certo e a negociação travou depois do pedido de demissão de Luiz Antônio da Cunha, ex-diretor de futebol, que tocava as conversas.

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente são-paulino, nega que a saída do dirigente tenha interferido no processo. Afirma que sempre quis a renovação do meia e que só desistiu dela após Ganso pedir para ser negociado com o Sevilla.

O cartola avalia que nos bastidores Cunha supervaloriza sua participação na tentativa renovação. Leco acredita que o acordo não seria feita nos moldes desejados pelo ex-diretor.

Atualização

Após a publicação deste post, a assessoria de imprensa do São Paulo entrou em contato com o blog negando existir mágoa em relação a Ganso. Afirmou que não houve intenção de levar o meia para a Colômbia, pois acreditava na classificação para a final e a viagem retardaria a recuperação. Ressaltou ainda que nem o capitão Maicon,suspenso, viajou com a delegação já que ficou se preparando para o clássico com o Corinthians. O blog mantém as informações publicadas anteriormente.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.