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Diretoria corintiana se sente injustiçada com críticas e exalta superação

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11/09/2016 08h46

A diretoria do Corinthians avalia que é alvo de injustiça da maior parte da imprensa esportiva brasileira. A queixa é de que, no lugar de críticas, deveria ser exaltado o fato de o time ter se mantido no G4 do Brasileirão após sofrer com a saída oito jogadores no início da temporada, depois perder Tite e parte importante da comissão técnica, além de seu executivo de futebol, Edu Gaspar, e mais atletas em meio a uma política de corte de gastos.

Nesse cenário, a direção alvinegra entende que a discussão na mídia deveria ser sobre o que fez o time continuar entre os quatro melhores do Brasileirão apesar de todos os revezes. Mas alega ler e ouvir só sobre defeitos da equipe e possíveis falhas de planejamento. Crê que a superação deveria ser enaltecida, mas que muitas vezes ela é citada como obra do acaso.

Mas, então, na opinião dos dirigentes, o que faz a equipe se manter na briga no Brasileirão?

A avaliação da diretoria é de que o elenco, apesar das críticas, tem qualidade. E que a estrutura montada nos últimos anos ajuda a manter os atletas em alto nível, apesar das perdas na comissão técnica. Outro ponto positivo, na opinião da direção, é existir união no elenco e bom relacionamento com treinador e diretoria.

Cristóvão Borges também é elogiado, porém, mais por seu trabalho fora de campo. Sua maneira de lidar com os jogadores e a forma como aguenta as críticas arrancam aplausos de seus chefes.

Longe dos microfones, há em Itaquera quem use o rival São Paulo para demonstrar o que é chamado de injustiça feita pelos jornalistas. O argumento é de que se fosse o Corinthians enfrentando a situação pela qual passam os tricolores, o barulho seria muito maior.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.