Opinião: Corinthians já coloca em risco planejamento para 2017
O episódio da demissão de Cristóvão Borges torna mais difícil para Roberto de Andrade sustentar sua afirmação de que o planejamento para 2016 foi bem feito. Ao demitir o treinador assim que terminou o jogo com o Palmeiras, neste sábado, o presidente parece ter se preocupado mais em salvar sua própria pele após ser xingado por torcedores do que com o futuro do time.
Em seguida, Andrade anunciou o auxiliar Fábio Carille como substituto até o fim do ano. Solução agora, ele não servia três meses atrás quando Tite acertou com a CBF. Na opinião deste blogueiro, era óbivo que naquele momento o auxiliar representava uma opção mais segura do que Cristóvão, pois conhecia o elenco e o sistema de trabalho do antecessor. Mas a direção só chegou a essa conclusão agora, depois de a equipe se afastar da briga pelo título nacional.
Além de escancarar o erro do passado, a opção por Carille até dezembro já ameaça o planejamento para 2017. Isso porque se soubesse quem será seu técnico em janeiro, o clube poderia planejar contratações com mais segurança para o próximo ano. Começar já a montagem do time para o ano que vem representa uma vantagem significativa em relação aos rivais que demorarem para se mexer.
A opção por Carille agora também faz o alvinegro perder a chance de contar com Roger Machado, um bom nome que neste momento está disponível. Em dezembro pode não estar.
No final da história, Cristóvão pagou o pato sozinho. Faltou a diretoria explicar quem deu a ideia de contratar o treinador que não tinha em seu currículo nada que indicasse a possibilidade de sucesso em Itaquera. Foi empresário que indicou? Se foi, ele ganhou comissão apesar da política de corte de gastos do presidente? Quem na diretoria foi a favor e quem foi contra a sugestão? Essas respostas são importantes para ficar claro quem são os responsáveis pelo erro grosseiro que pode custar até a vaga na próxima Libertadores.
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