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Marketing corintiano prevê aumento de R$ 30 milhões nas receitas

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27/09/2016 06h00

Mesmo em tempo de crise e com o time caindo na tabela do Brasileirão, o departamento de marketing do Corinthians espera fechar o ano com aumento de cerca de R$ 30 milhões na receita gerada por patrocinadores (não só da camisa de jogo) em comparação com 2015. A projeção do superintendente de marketing alvinegro, Gustavo Herbetta, é de que a arrecadação seja de cerca de R$ 100 milhões em 2016. Em 2015, a agremiação registrou em seu balanço um faturamento de R$ 66.571.000 com patrocínios e publicidade.

Hoje, a camisa alvinegra rende aproximadamente 35% a mais do que no ano passado, pelas contas do clube, e as negociações de dois patrocínios estão em andamento, um nas mangas e outro nos ombros.

Segundo Herbetta, estudo realizado no ano passado reposicionou a marca do clube e permitiu o aumento das receitas.

"Baseado nesse estudo, foram feitas renegociações com patrocinadores atuais que entenderam esse novo posicionamento e renovaram com incremento de dois dígitos", afirmou Herbetta.

O caso emblemático é o da Caixa, que assinou novo contrato pagando os mesmos R$ 30 milhões anuais de 2015, mas para estampar em 2016 sua marca apenas na frente da camisa. Antes, por essa quantia, ela tinha também direito ao patrocínio nas costas.

"Baseado nesse estudo (feito em 2015) fizemos um approach diferenciado em segmentos que poderiam trazer mais receita, como cerveja e água", disse o superintendente. Recentemente, o Corinthians anunciou um acordo com a cervejaria Estrella Galícia, que passou a estampar os uniformes de treino, além de se transformar em fornecedora de água mineral da equipe por meio uma marca que possui.

Herbetta também credita a previsão de crescimento em meio à crise financeira no país ao modelo adotado pelo clube baseado na ativação das parcerias com ações de marketing que envolvam os torcedores.

De acordo com o gerente, a crise técnica enfrentada nesse momento pelo time, que se afastou da briga pela liderança do Brasileirão, até agora não afetou o marketing alvinegro. "O desafio é desatrelar cada vez mais o marketing da performance da equipe". Como exemplo, ele argumenta que o torcedor que toma cerveja faz isso com o time ganhando ou perdendo. Então, o trabalho do clube é fazer o corintiano comprar a marca de seu patrocinador.

O discurso otimista, porém, não vale para a venda dos naming rights da arena Corinthians. Ainda emperrada, ela é motivo de constantes críticas de conselheiros à diretoria alvinegra. Herbetta diz que não pode falar sobre esse assunto.   

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

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