Como crise política fragiliza Oswaldo dentro do Corinthians
Não é só a alta rejeição entre torcedores e conselheiros que faz Oswaldo de Oliveira já chegar fragilizado ao Corinthians. A nova crise política do clube, que chegou ao auge com sua contratação, torna mais delicada a situação do novo treinador alvinegro.
Há meses, Andrés Sanchez e aliados dele vinham se estranhando com Roberto de Andrade. O atrito se tornou público com o pedido de afastamento do então diretor de futebol Edu Ferreira por não ter sido ouvido pelo presidente ao sugerir que ele não contratasse Oswaldo.
Edu, apesar de ser extremamente ligado a Andrés, era um raro seguidor do ex-presidente que permanecia ao lado de Andrade. Mais do que isso. Como o presidente vai pouco ao clube e ao CT, Edu era o representante da diretoria junto ao elenco. Cabia a ele apagar incêndios e blindar o o grupo, jogadores e membros da comissão técnica quando necessário.
Andrade perdeu essa peça no tabuleiro. Não tem ninguém para proteger seu novo treinador, que já chega sob fogo cerrado da torcida. No mapa político corintiano, Roberto tem poucas opções para escolher um diretor de futebol cascudo para aguentar os tempos difíceis que estão por vir.
Nesse cenário, Oswaldo praticamente não terá margem de erro. A primeira patinada do time o deixará na mira de (grande) parte da torcida irritada com sua chegada. Depender do mesmo presidente que demitiu Cristóvão Borges no vestiário após a derrota no clássico com o Palmeiras para se proteger não é das situações mais confortáveis. Ainda mais pelo fato de agora Andrade precisar gastar energia para desviar dos tiros que devem vir de seus ex-aliados. Conselheiros do clube esperam que em breve Andrés dê entrevista criticando Roberto.
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