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Salários atrasados enfraqueceram Corinthians na briga por Dudu

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08/01/2015 06h00

A ultrapassagem do São Paulo no Corinthians em relação à contratação de Dudu tem a ver com salários atrasados no Parque São Jorge. Isso porque Mário Gobbi quer evitar gastos agora para tentar quitar as dívidas com os jogadores. Assim, ele planejou pagar a primeira parcela da compra de Dudu ao Dínamo de Kiev só em maio. O São Paulo levou vantagem porque começaria a pagar imediatamente.

Gobbi priorizou a quitação das dívidas com o elenco. Decidiu contratar só quem o treinador considerar essencial e postergar ao máximo o pagamento.

Fiel a esse pensamento, o dirigente só topou o leilão com o São Paulo por Dudu porque Tite indicou o jogador antes mesmo de assinar contrato para voltar ao time. No momento em que analisava o elenco com o gerente Edu Gaspar, o técnico falou da importância de contar com o atacante.

Para satisfazer ao treinador sem gastar dinheiro (ou crédito) que poderia amenizar os salários atrasados, o Corinthians fez uma proposta de 3,6 milhões de euros por 60% dos direitos econômicos do atacante, com o primeiro pagamento só no quinto mês do ano, como mostrou o UOL Esporte. Já a diretoria tricolor ofereceu 3 milhões de euros por 50% com a primeira parcela à vista. Os ucranianos gostaram mais do que ouviram dos são-paulinos, apesar de Dudu manifestar preferência pelo Corinthians.

Como entregar o cargo em fevereiro sem dever salários para os jogadores virou uma questão de honra para Gobbi, a filosofia de só contratar o extremamente necessário e sem mexer no bolso agora não vale só com Dudu. Mas para levar seu plano até o final, no entanto, o presidente terá que resistir à pressão para reforçar o elenco feita pelo grupo de Andrés Sanchez e Roberto de Andrade, candidato da situação à presidência. Cobrança que também parte da torcida.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.