Topo

Perrone

'Bônus por mérito' garante mais dinheiro a Corinthians e Fla

Perrone

17/03/2011 11h39

Paulo Odone, presidente do Grêmio, não falou bobagem quando disse que Corinthians e Flamengo receberão mais dinheiro da Globo do que os demais. Vascaínos e palmeirenses desconfiaram da informação. Afirmam ter a palavra da emissora de que continuarão recebendo quantia idêntica à do alvinegro. 

Caso se queixem com a Globo, Palmeiras e Vasco devem ouvir que a cota de Corinthians e Flamengo não é superior. A diferença seria explicada pelo fato de os dois clubes merecerem uma espécie de bônus por causa de suas médias de audiência maiores do que as dos outros. E por terem costumeiramente mais jogos exibidos.

Nas palavras de um dos participantes das negociações, "a filosofia da proposta da Globo é recompensar mérito e desempenho, avançando na direção do que o mercado valoriza e se afastando do igualitarismo".

A justificativa não deve convencer palmeirenses e vascaínos, que viraram as costas ao C13 na certeza de que continuariam no grupo de elite na divisão do dinheiro da TV. Deveriam saber que corriam esse risco na negociação individual.

 Corinthians e Flamengo apenas exerceram o direito de pedir o que acham justo. Se a compradora avalia que eles merecem mais, quem pode dizer o contrário?

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.