Briga por mudanças na distribuição das cotas de TV justifica rebeldia
Um dos principais motivos para Corinthians e os quatro grandes do Rio terem se rebelado contra o Clube dos 13 é o desejo que cada um tem de aumentar a sua fatia na divisão do dinheiro da TV.
O novo contrato, no valor mínimo de R$ 500 milhões anuais para a TV aberta, já representa um aumento nos ganhos dos clubes. Mas não é suficiente. Corinthians e Flamengo querem ganhar uma porcentagem maior do que a destinada a São Paulo, Palmeiras e Vasco, que desejam se distanciar do Santos, que reivindica fazer parte do grupo que mais ganha.
Hoje, Corinthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras e Vasco recebem a mesma quantia. O Santos aparece em seguida. Atrás dele estão Fluminense e Botafogo, que também almejam participar do segundo pelotão.
O raciocínio dos quatro do Rio é igual ao do Corinthians. Admitem assinar com a mesma emissora de TV do C13. Mas, se autorizarem a entidade a negociar por eles, terão que aceitar a divisão de cotas proposta por ela, estabelecida pela vontade da maioria.
Conversando separadamente com as TVs, eles tentam arrancar um valor igual a um aumento na porcentagem. Mas isso significaria para a compradora pagar mais no total, a não ser que ela reduza o montante prometido ao C13.
A declaração do presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, dá uma ideia de como vai ser a briga: "Se eu souber que a emissora está pagando mais para o Corinthians separadamente não assino o contrato". Todos os clubes precisam assinar.
Enfim, mais do que interesses políticos ou preocupações com a organização do futebol brasileiro, o levante tem a ver com disputa por dinheiro, obviamente.
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