Câmara discute uso do lucro da Copa em categorias de base

Ricardo Teixeira já deixou claro que anda um monte para tudo que não vem da Globo. Mesmo assim, há quem tente deixar o cartola constrangido a ponto de dividir com os clubes eventuais lucros obtidos na Copa de 2014.

Nesta terça, o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ) pediu para que a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara vote a criação de um documento para Teixeira assinar sobre o destino do dinheiro que sobrar do Mundial.

A ideia é convencer o dirigente a firmar um acordo se comprometendo a dividir boa parte dos lucros com os clubes, que só poderiam investir o dinheiro nas categorias de base. Segundo o deputado, seria uma forma de garantir aos times um legado concreto por conta da Copa.

Teixeira disse na semana passada aos deputados que o lucro ficará todo com a CBF. A expectativa é a de que sobrem pelo menos R$ 100 milhões. Isso num evento que raspará cofres públicos e usará o gratuito suor de voluntários em grande parte dos serviços.

Depois da recente demonstração de arrogância dada pelo dirigente em entrevista à revista Piauí, fica mais difícil ainda acreditar que ele aceitaria dividir alguma coisa. Existem maneiras melhores de o dinheiro ser aproveitado do que deixar Teixeira decidir tudo sozinho. Mas a ideia de rachar a grana com os clubes é complexa. Como seria definida a fatia de cada um? E mais do que isso, depois do fracasso da Timemania, os cartolas não fizeram por merecer nova ajuda federal para saírem do buraco.