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Carpegiani está longe de garantir permanência em 2011

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10/10/2010 11h55

Foram duas vitórias em dois jogos. Além disso, Paulo Cesar Carpegiani tem contrato até dezembro de 2011. Mesmo assim, ouvi de um dirigente do São Paulo que ainda é cedo para dizer que o treinador comandará o time na próxima temporada.

Os cartolas não estão seguros em relação ao trabalho do sucessor de Baresi. Não sabem avaliar até que ponto a reação do time é fruto apenas do choque de motivação provocado pela troca de técnico.

Porém, o que mais justifica a postura da diretoria de indefinição sobre a continuidade de Carpegiani no ano que vem é uma radical mudança de postura. Ouvi do mesmo dirigente que "não dá para saber o que vai acontecer porque futebol é resultado". Raciocínio natural, mas que o São Paulo de Juvenal Juvêncio por muito tempo insistiu em dizer que não colava no Morumbi. Agora o Tricolor mudou de postura.

Apesar de estar ainda com um pé atrás, a diretoria do São Paulo rasga elogios a Carpegiani. Diz, por exemplo, que quando vai sacar um jogador do time, ele "enfrenta" o atleta numa conversa na base do olho no olho e explica a mudança. Assim, diminui as chances de reclamações em público, que tanto irritam os diretores.

Outra virtude apontada é a de que ele rapidamente descobriu quem joga bola e quem não joga no elenco, ao contrário de treinadores que demoram uma temporada inteira para chegar a essa conclusão.

 Para a felicidade do treinador, todas as avaliações dele bateram com as dos principais cartolas. Ou seja, suas escalações agradam ao comando do clube. Ponto fundamental para sobreviver no Morumbi.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.