Catarinense defensor de Teixeira tenta bater recorde mundial no poder
A Federação Catarinense de Futebol virou notícia nesta quinta-feira por publicar em seu site que torcedores que protestarem contra Ricardo Teixeira no Estado podem ser expulsos dos estádios. A entidade é dirigida por um cartola que pretende bater o recorde mundial de permanência na presidência de uma federação esportiva, superando até o comandante da Confederação Brasileira.
Delfim Pádua Peixoto Filho preside a FCF desde 1985, quatro anos antes de Teixeira assumir a CBF. Em abril de 2015, quando encerrar seu sétimo mandato, ele "será o dirigente que mais tempo esteve no comando de uma entidade de administração de desporto no mundo, serão 30 anos." O texto entre aspas está escrito no site da federação e mostra o orgulho do cartola pela perpetuação no poder.
Para criar raiz na cadeira da presidência, Peixoto pegou carona justamente com Ricardo Teixeira. Em 2007, o catarinense estendeu seu mandato, que terminaria em 2012, até 2015. Como justificativa, usou a realização da Copa do Mundo no Brasil, seguindo ato de Teixeira na CBF. Na ocasião, não era possível saber, mas Santa Catarina não irá receber jogos do Mundial.
Como acontece com outras federações, a entidade presidida por Peixoto costuma receber doações da confederação brasileira. Em 2001, a CPI do Futebol mostrou que em 1998 a FCF ganhou R$ 185 mil da entidade mãe. Em seguida, o cartola catarinense deu entrevista afirmando que em 2000 sua federação sobreviveu com a ajuda de uma mesada de R$ 12 mil enviada pela CBF.
A Federação de Santa Catarina também contou com boa vontade do poder público para se manter. Sua sede foi construída em terreno cedido pela prefeitura de Camboriú. Segundo o site da entidade, a casa própria é um dos principais legados da interminável administração Peixoto Filho, definido na página oficial como mártir do futebol barriga-verde.
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