Corinthians vê risco de perda de público com oferta exótica da Record
Durante conversa informal, perguntei a um dirigente do Corinthians se a proposta da Record, de R$ 100 milhões para a transmissão dos jogos do Brasileirão pela TV aberta, é melhor do que a da Globo, superior a R$ 110 milhões por todas as mídias, segundo o mesmo cartola.
Como resposta, ouvi uma série de perguntas. Confira:
"Aritmeticamente, sem dúvida, é melhor a da Record. Mas…
…e se não houver acordo com o outro time?
… e se a audiência cair e nosso patrocinador subir nas tamancas?
… e se a presença no estádio cair dramaticamente, porque todos os mandos serão televisionados?
… e se não vendermos pay-per-view?
… e se começar guerra jurídica e não houver transmissão?"
As perguntas são pertinentes. De fato, a oferta da Record deixa um mar de dúvidas. Parece ter sido tratada com uma simplicidade que não combina com a complexidade do assunto.
Transmitir todos os jogos do time como mandante é mesmo um risco para a venda de ingressos. Mas de todos os questionamentos feitos pelo dirigente corintiano, o mais intrigante é sobre o temor de haver uma guerra jurídica que impeça a transmissão dos jogos.
Parece estar em marcha um movimento que levará todos os clubes a assinar com a Globo em nome de evitar as batalhas nos tribunais. Afinal, as partidas só podem ser transmitidas se os dois times concordarem. De nada adianta a vontade do mandante. E como existem clubes que já assinaram com a Globo, os dissidentes do Clube dos 13 devem difundir a teste de que vale a pena ganhar um pouco menos mas ter a certeza de que não haverá guerra nos tribunais.
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