Filho de delegado foi um dos pivôs de briga com Peñarol
Crédito: AP Photo/Silvia Izquierdo
Um dos pivôs da briga entre jogadores de Peñarol e Santos foi o filho do delegado Osvaldo Nico, vice-presidente do TJD da Federação Paulista. Eric, de 18 anos, aparece nas imagens da Globo no início da confusão.
Ele comemorava perto dos uruguaios e disse alguma coisa para os atletas, que em seguida passaram a persegui-lo e a chutá-lo. Segundo Nico, seu filho estava no saguão do Pacaembu. Ele entrou no gramado junto com amigos da comissão técnica santista. "O portão estava aberto, todo mundo entrou no campo, e ele também", declarou ao blog.
Ele disse que Eric estava abalado emocionalmente para dar entrevista. O próprio delegado relatou ao blog os acontecimentos. "Quando ele entrou no campo, os jogadores do Peñarol deram um esbarrão num amigo dele. Começaram a falar um monte para meu filho. E ele respondeu: 'Estão falando comigo?´ Aí vieram pra cima. Eles queriam pegar alguém. Como meu filho estava de branco, acharam que era do Santos e bateram nele. Ele não agrediu ninguém, não começou nada e é vítima", contou o delegado.
Nico afirmou que Eric está com duas marcas no peito provocadas pelos chutes dos uruguaios. O delegado afirmou que não quis registrar boletim de ocorrência. "Isso provocaria um desgaste emocional muito grande para o garoto", justificou. O policial ficou famoso no caso Desabato, quando entrou em campo no Morumbi e deu voz de prisão ao jogador do Quilmes, acusado de ofensas racistas contra Grafite, então no São Paulo.
O fato é que com portão aberto ou não, com ou sem reação exagerada do uruguaio, um torcedor não deveria estar no gramado. Seria um absurdo em qualquer situação. Pior ainda para quem quer receber jogos da Copa do Mundo, inclusive a abertura.
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