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Grupo de Andrés corre risco de implosão no Corinthians

Perrone

07/03/2011 12h02

Andrés Sanchez foi o líder da implosão do Clube dos 13. Agora, porém, o presidente corintiano sofre com a ameaça de implosão de seu grupo político no Parque São Jorge.

O processo é embalado pela eleição para presidente do clube, que deve acontecer em dezembro. Mário Gobbi espera que logo depois do Carnaval Andrés comunique oficialmente à diretoria que ele é o candidato apoiado pelo presidente.

André Luiz de Oliveira, diretor da área administrativa, não assume, mas quer ser candidato. Já cobrou Andrés para saber se Gobbi é o escolhido e ouviu que o presidente não tinha se decidido.

Caso o ex-diretor de futebol seja confirmado, André terá dois caminhos a seguir: aliar-se à oposição ou lançar sua candidatura, dividindo os votos da situação.

Mas alguns de seus simpatizantes já flertam com o oposicionista Paulo Garcia. Reclamam que André já deveria ter rompido com Andrés por causa do provável apoio a Gobbi.

 Outro grupo de eleitores da situação também ameaça debandar por divergências com Luís Paulo Rosenberg, que será candidato a vice ao lado de Gobbi. Enxergam como exagerada a atual política de apostar no marketing.

Enquanto a situação se desmancha, Garcia, apoiado por Antônio Roque Citadini, faz reuniões semanais, visando atrair situacionistas.

Osmar Stábile, outro pré-candidato da oposição, diz que Gobbi quebrou um acordo de cavalheiros para que a disputa não fosse antecipada. Ele ameaça acelerar sua campanha. Se a briga esquentar, o departamento de futebol será alvo de ataques, o que pode prejudicar o time.

Mas Stábile também já conversou com Garcia. Admite o lançamento de uma chapa única. Seria o pior cenário para Andrés. Ele teria um só adversário contra dois saídos da atual diretoria. O presidente terá que ser tão bom articulador no clube quanto foi no C13.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.