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Jogo de cintura impulsiona líder Carpegiani

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19/06/2011 17h57

Paulo César Carpegiani gosta de mostrar que ele é quem manda em seus times. Mas, apesar da pose de durão, o treinador tem mostrado no São Paulo jogo de cintura ou, como provavelmente diria Tite, maleabilidade.

O técnico só não foi degolado no auge da crise Tricolor porque deu um passo para trás. Desistiu de pedir a saída de Rivaldo. Acalmou, assim, Juvenal Juvêncio, que não entregou sua cabeça aos que já tinham lustrado a bandeja.

Ao mesmo tempo em que engoliu a presença de Rivaldo, Carpegiani deu um drible na diretoria mantendo o veterano no banco. Neste domingo até o usou no final.

A liderança e as cinco vitória seguidas no Brasileiro servem como resposta aos seus críticos. Os desafetos do treinador, porém, minimizam o dedo de Carpegiani na trajetória vitoriosa até aqui. Afirmam que um de seus principais méritos foi obedecer a diretoria e apostar nos jogadores formados em casa. A equipe começou contra o Ceará com oito atletas revelados pelo clube. Para deleite de Juvenal Juvêncio, que agora vai ficar com os louros da manutenção do técnico. Mas isso não apagará a lambança do cartola na quase demissão de Carpegiani.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.