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Lanterna, Corinthians B sofreu no final com ônibus 89 quebrado e caco de vidro em campo

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03/10/2011 10h11

O Corinthians B encerrou sua constrangedora participação na Copa Paulista no último domingo na lanterna da competição, mesmo com vitória sobre o Osasco. Os últimos atos do vexame tiveram um pouco mais do sofrimento que marcou a equipe durante o certame inteiro.

Antes do penúltimo jogo, o ônibus modelo 1989, comprado e reformado para substituir outro que teve o motor fundido, quebrou.  Um ônibus que transporta os atletas para a escola, menos confortável, carregou o Corinthians B até o local do jogo.

Na semana da última partida, os atletas receberam a notítica de que não poderiam treinar no sábado, véspera do jogo derradeiro, por falta de campo.Desalojadas do CT de Itaquera para a construção do estádio corintiano, as categorias de base e o time B, em parceria com o Flamengo de Guarulhos, passaram a rodar por campos de várzea da Grande São Paulo.

Na última sexta, o Corinthians B treinou no Juventude de Arujá, que tem um dos gramados criticados por jogadores e funcionários do alvinegro. O repórter fotográfico Fernando Pilatos flagrou o treinador alertar os atletas por duas vezes para os perigos do campo, em pleno treino.

Numa oportunidade, falou para evitarem um setor do campo por causa de buracos. Na outra, pediu cuidado porque ele mesmo havia acabado de retirar cacos de vidro do gramado.

A estrutra de clube amador é acanhada para uma equipe profissional. Os vestiários nem foram usados pelos jogadores, que entraram trocados no ônibus em Guarulhos rumo a Arujá.

O sofrimento na semana final de treinamentos foi só a continuidade de um calvário que justifica a lanterna e a elminiação precoce.

Fernando Alba, diretor de futebol amador, afirma que as condições não são as ideais por causa da perda de Itaquera. "Mas exageram muito, fizemos o possível, reformamos as instalações do Flamengo de Guarulhos e não falta nada para os jogadores. Duvido que em tão pouco tempo alguém faria melhor. Tem gente que está reclamando para tumultuar. Botamos para correr muito vagabundo que queria ganhar dinheiro lá", disse o cartola.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.