Topo

Perrone

Pacaembu vê bullying em Adriano, violência e goleiro abalado

Perrone

07/07/2011 07h00

A noite em que os corintianos comemoraram a vitória sobre o Vasco e a manutenção da liderança no Brasileirão começou com uma confusão entre torcedores e PMs. Foi por causa de uma aglomeração instantes antes do início do jogo. Houve correria e empurra-empurra.

Aglomerações como essa são rotineiras em dia de casa cheia nos estádios brasileiros. Assim como são frequentes os atos de violência entre corintianos e vascaínos. Duas bombas foram jogadas nos visitantes.

A rixa é um efeito colateral das alianças entre organizadas de diferentes Estados. A Mancha Verde é unha e carne com a Força Jovem. Provavelmente, muitos palmeirenses engrossaram a torcida visitante, que foi maior do que a são-paulina contra o Corinthians.

Tal união gerou uma tensão nos duelos entre corintianos e vascaínos que antes não existia. Um seguidor do time paulista já morreu numa dessas brigas.

Dentro de campo, o nervosismo ficou por conta de Júlio César. A falha no início da partida deixou o arqueiro corintiano uma pilha. Ele se enrolou em lances fáceis e destoou de um time afinado. A torcida parece já ter se esquecido dos jogos em que o jovem salvou o alvinegro.

Apesar da vitória, não foi só o camisa 1 que teve torcedores pegando em seu pé. Adriano foi reconhecido no banco de passageiro de um carrão importado quando deixava o Pacaembu. Foi alvo de bullying dos fiéis. Entre tapinhas no capô, gritavam para o Imperador parar de enrolar e jogar bola. Também rolaram brincadeiras de mau gosto sobre a vida particular do atacante. O tom foi mais de troça do que de hostilidade. Certamente porque o Imperador hoje não faz falta ao líder do Nacional.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.