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Pai de Kaká e filho de Milton Cruz agenciam atletas juntos

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28/10/2010 14h51

O sobrenome de um abre portas em clubes brasileiros. O outro tem um filho que é um dos jogadores mais famosos do mundo. Então, eles resolveram trabalhar juntos. Tadeu Cruz, filho de Milton Cruz, auxiliar técnico do São Paulo, e Bosco Izecson Pereira Leite,  pai de Kaká, montaram um escritório para intermediar negociações de jogadores e agenciar carreiras de atletas.

A dupla atua desde janeiro e conta hoje com cerca de 12 clientes. A maioria acaba de sair das categorias de base. Mas os dois negociam também jogadores de outros empresários. Nesta quinta, Tadeu vai para a Europa levando material de vários atletas, inclusive de outros agentes que autorizaram a intermediação.

Por enquanto, não apresentam ninguém famoso na carteira de clientes. Algumas de suas apostas estarão na próxima Copa São Paulo, fazendo parte do time do Nacional. O goleiro André Dias, campeão desse torneio pelo Corinthians e que não está sendo aproveitado pelo clube, é um dos jogadores que Tadeu tentará encaixar na Europa.

Em alguns clubes brasileiros, chegou a notícia de que Kaká é sócio de Tadeu. "O Kaká e meu pai não participam de nada. Só ajudam com o nome que construíram. Quem sabe que somos parentes deles sabe que não vamos fazer sacanagem com ninguém", explicou Tadeu ao blog.

Quando se tornou agente Fifa, no ano passado, Tadeu ouviu uma recomendação do presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio: não negociar com atletas das categorias de base do clube.

"Nossa empresa não vai procurar jogadores do São Paulo. Mas o clube pode acabar nos procurando, se a gente tiver alguém que interessa à diretoria. Meu pai nunca ajudou na minha carreira de agente. Nunca indicou jogadores e nem vai indicar", afirmou Tadeu. Bosco, por sua vez, tem a experiência de cuidar das carreiras dos filhos Kaká e Digão.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.