Palmeirense revela inquérito "secreto" sobre envolvimento de cartolas com empresários
Ex-assessor da presidência do Palmeiras, Antônio Carlos Corcione prestou no dia 11 de agosto um depoimento explosivo a uma comissão do COF (Conselho de Fiscalização e Orientação do clube).
O conselheiro afirmou existir um inquérito policial no 23º DP que investiga denúncias de depósitos de empresários para dirigentes e empréstimos do clube para cartolas sem contrato. Disse ainda que o processo corre sob sigilo a pedido seu e que o caso tomou proporções incalculáveis por causa da quantidade de denúncias apresentadas. Segundo ele, os problemas investigados pela polícia ocorreram entre 2006 e 2007.
Corcione, que não citou nomes, relatou também supostas irregularidades em outras épocas. Disse que em 2005 a situação era tão grave que uma advogada ameaçou tirar o goleiro Marcos do clube por causa de atrasos referentes ao INSS e problemas com o imposto de renda retido na fonte.
Com a língua afiada, ele declarou também ter sido informado de que policiais teriam ido ao clube pressionar pelo pagamento de impostos atrasados. Outro tema abordado foi a retirada de dinheiro do caixa sem justificativa.
Segundo o ex-assessor, a bagunça contábil era tanta na gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo que uma empresa especializada em auditoria teria classificado a situação como inauditável. O ex-presidente, porém, sempre negou problemas com a contabilidade.
Por fim, ele falou em desmandos no departamento de futebol com a participação de empresários, também sem revelar nomes. "Não fiz denúncia nenhuma. Só tentei explicar como o clube funcionava. Sou nascido e criado no Bexiga, não é do meu feitio denunciar os outros. Até porque nesse inquérito no 23º DP existe uma série de adversários políticos meus e eu nunca fiz salseiro", disse Corcione ao blog.
Ele afirmou que a direção e os órgãos do clube sempre souberam da existência do inquérito. "Estranho o fato de um depoimento confidencial, algo interno, ter chegado à imprensa. É por isso que nada anda no Palmeiras", protestou.
Membros do COF planejam montar uma comissão para investigar as denúncias.
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